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sexta-feira, 20 de maio de 2011


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Quando o sofrimento bater à nossa porta

Pare de ficar neste sepulcro e venha viver!
O Evangelho escolhido foi o da Ressurreição de Lázaro, um grande amigo de Jesus. Estar em Betânia com os amigos era uma forma de Jesus curar e restaurar as forças. Jesus Cristo sofreu muito, porque amou muito. Quanto mais estivermos ligados às pessoas, tanto mais sofreremos. Mas não construamos cercas. Tenhamos essa sensibilidade diante do sofrimento. Era isso que Jesus ia buscar em Betânia: consolo em amigos verdadeiros. Quando Ele chegou em Betânia, já fazia 4 dias que Lázaro estava morto. Não podiam fazer mais nada, mas para Jesus não havia tempo a perder e Ele foi ter com o amigo morto. O Senhor era muito humano. Quando Ele chegou, tapou o nariz, pois a situação estava 'podre', porém, movido pelo amor àquele homem, Ele disse: 'Venha, Lázaro'. Na verdade, Jesus queria nos mostrar que a morte não foi feita para nós. Um dia, todos nós iremos morrer, isso é fato, mas Cristo está falando de outra morte e quer nos propor a ressurreição. Se olharmos somente para a pedra posta no sepulcro, não haverá nenhuma esperança e nos desesperaremos, porque ela [pedra] é imóvel. Se ficarmos olhando para a pedra, ficaremos fixados ali, no mesmo lugar, e não é isso que Jesus quer. "Lázaro, venha para fora". Quantas vezes experimentamos estar no sepulcro, que é um lugar escuro e cheira mal? Mas se deixarmos essa pessoa ficar lá muito tempo, não a encontraremos do mesmo jeito, pois ela entrou em processo de decomposição. É um lugar de silêncio e não há mais nada, terminou. Agora, se olhamos a morte como um lugar de transição, daí sim, ele fica cheio e revestido de esperança. Quantas vezes você já morreu? Estamos ressuscitando todos os dias. A cigarra fica um ano debaixo da terra para cantar somente um dia. Um ano se preparando para cantar até se arrebentar. O sofrimento é isso, um tempo de preparo. Louvado seja Deus pelos sofrimentos! Todos os artistas compõem maravilhosas obras quando estão sofrendo, e, todas as vezes em que tocamos em nossos limites, vamos além. Compomos músicas, pinturas, criamos vida e caráter. Você pode se perguntar sempre: "Mas eu não sou artista, e aí?" Você pode desenhar a sua alma, pode esculpir o seu caráter. A cigarra não fica debaixo da terra por motivo de masoquismo. Não. É um tempo de preparo existencial da natureza. Quando você perceber que o seu sofrimento está infértil, é o tempo de parar de sofrer. Quando começamos a derramar as lágrimas, passamos por um processo de cura que está nos lavando e purificando. Quanto tempo pode durar um velório dentro de nós? O sepultamento do corpo tem que iniciar um processo de amizade com a vida. O sofrimento é criado dentro de nós; o velório não é uma situação de morte. O que fazemos com o ruim que aconteceu conosco? Não importa o que a vida fez com você, mas o que você faz com o que a vida fez com você. Não temos como evitar o desprezo do outro, vão acontecer coisas das quais não vamos gostar, mas somos nós que vamos ver quanto custa esse sofrimento. 
Boa parte dos sofrimentos do ser humano está naquilo que nós pensamos e permitimos em nosso pensamento. Se racionalizarmos a nossa emoção, nós não sofreremos.
Neutralizar o pensamento do sofrimento é lançar um pensamento bom em cima de um ruim. Quantas pessoas sofrem por não terem a capacidade de filtrar as coisas ruins que escutam? Não temos o direito de ser mesquinhos por querermos ser o que o outro é. Não tenha inveja, floresça onde Deus o plantou. Há pessoas invejosas, que querem ser o que você é. Que não são capazes de olhar quem elas, realmente, são. Pare de olhar para a vida do outro, pois você não tem os valores que ela tem; mas você tem valores que ela não tem. Temos que ter nossa coerência e nosso modelo. Liberte-se dessas ideias pessimistas sobre você mesmo, você é capaz! A ordem de Jesus: "Pare de ficar neste sepulcro e venha viver”. Estamos em horário do cristão: Está na hora de viver! Você não tem o direito de ficar no túmulo com seus problemas e lutos. O tempo previsto para o sofrimento tem data marcada para terminar, já passou, chega! Faça alguma coisa pela sua vida! Só sofra de verdade pelas coisas que valem a pena. Quantas pessoas não sofreram o que deveriam sofrer? Esse tempo é curto, e é maravilhoso descobrir que, hoje, temos a oportunidade de escutar a voz de Jesus dizendo que não quer mais a morte para a nossa vida. Deus está segurando na nossa mão. Se você está sofrendo muito, permita que Jesus cuide de você. Revolucione sua vida, pois quem fica parado é poste. Melhore esta cara e faça o que puder fazer, pois assim beneficiará as pessoas ao seu lado. O cuidado de Deus é lindo: "Saia deste sepulcro!" Não perca seu tempo em bobagens que tornam o sofrimento enorme em sua vida. O 'cuidar' é sempre expressão de alguém que ama. Ninguém gosta de ver a pessoa amada sofrendo. Precisamos acordar para a vida. O nosso objetivo é sermos felizes! Não há problema que resista a uma pessoa transformada por Deus! Nem a um ser humano com vontade de resolver os problemas. Não há nada maior do que uma pessoa de coragem. 
Quando o sofrimento bater à sua porta, abra a janela para que você veja a dor do outro.
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Padre Fábio de Melo

quinta-feira, 19 de maio de 2011





CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO RASIL
49ª Assembléia Geral
Aparecida-SP, 04 a13 de maio de 2011
49ª AG (Doc)



NOTA DA CNBB A RESPEITO DA DECISÃO DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL QUANTO À UNIÃO
ENTRE PESSOAS DO MESMO SEXO


Nós, Bispos do Brasil em Assembleia Geral, nos dias 4 a 13 de maio, reunidos na casa da nossa Mãe, Nossa Senhora Aparecida, dirigimo-nos a todos os fiéis e pessoas de boa vontade para reafirmar o princípio da instituição familiar e esclarecer a respeito da união estável entre pessoas do mesmo sexo. Saudamos todas as famílias do nosso País e as encorajamos a viver fiel e alegremente a sua missão. Tão grande é a importância da família, que toda a sociedade tem nela a sua base vital. Por isso é possível fazer do mundo uma grande família.
A diferença sexual é originária e não mero produto de uma opção cultural. O matrimônio natural entre o homem e a mulher bem como a família monogâmica constituem um princípio fundamental do Direito Natural. As Sagradas Escrituras, por sua vez, revelam que Deus criou o homem e a mulher à sua imagem e semelhança e os destinou a ser uma só carne (cf. Gn 1,27; 2,24).  Assim, a família é o âmbito adequado para a plena realização humana, o desenvolvimento das diversas gerações e constitui o maior bem das pessoas.
As pessoas que sentem atração sexual exclusiva ou predominante pelo mesmo sexo são merecedoras de respeito e consideração. Repudiamos todo tipo de discriminação e violência que fere sua dignidade de pessoa humana (cf. Catecismo da Igreja Católica, nn. 2357-2358).
As uniões estáveis entre pessoas do mesmo sexo recebem agora em nosso País  reconhecimento do Estado. Tais uniões não podem ser equiparadas à família, que se fundamenta no consentimento matrimonial, na complementaridade e na reciprocidade entre um homem e uma mulher, abertos à procriação e educação dos filhos. Equiparar as uniões entre pessoas do mesmo sexo à família descaracteriza a sua identidade e ameaça a estabilidade da mesma. É um fato real que a família é um recurso humano e social incomparável, além de ser também uma grande benfeitora da humanidade. Ela favorece a integração de todas as gerações, dá amparo aos doentes e idosos, socorre os desempregados e pessoas portadoras de deficiência. Portanto têm o direito de ser valorizada e protegida pelo Estado.
É atribuição do Congresso Nacional propor e votar leis, cabendo ao governo garanti-las. Preocupa-nos ver os poderes constituídos ultrapassarem os limites de sua competência, como aconteceu com a recente decisão do Supremo Tribunal Federal. Não é a primeira vez que no Brasil acontecem conflitos dessa natureza que comprometem a ética na política.
A instituição familiar corresponde ao desígnio de Deus e é tão fundamental para a pessoa que o Senhor elevou o Matrimônio à dignidade de Sacramento. Assim, motivados pelo Documento de Aparecida, propomo-nos a renovar o nosso empenho por uma Pastoral Familiar intensa e vigorosa.
Jesus Cristo Ressuscitado, fonte de Vida e Senhor da história, que nasceu, cresceu e viveu na Sagrada Família de Nazaré, pela intercessão da Virgem Maria e de São José, seu esposo, ilumine o povo brasileiro e seus governantes no compromisso pela promoção e defesa da família.

Aparecida (SP), 11 de maio de 2011


Dom Geraldo Lyrio Rocha
Arcebispo de Mariana – MG
Presidente da CNBB
Dom Luiz Soares Vieira
Arcebispo de Manaus – AM
Vice-Presidente da CNBB




Dom Dimas Lara Barbosa
Arcebispo nomeado para Campo Grande – MS
Secretário Geral da CNBB




Maria


O mês de maio é dedicado a Maria. Trata-se de uma antiga tradição popular, que foi assumida pela Igreja, homenageando a pessoa da Mãe de Jesus. Ela merece dos cristãos um carinho todo especial pelo seu importante papel na história da salvação. Deus a escolheu para ser a mãe do Salva- dor, plenificou-a com sua graça, por isso proclamamos “Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco”.

Para todos nós, ela é modelo de fé e de oração, de contemplação do mistério divino. É a mulher obediente à Palavra de Deus, de quem Isabel testemunhou: “Bem-aventurada a que acreditou, porque se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas”. (Lc 1, 45) É modelo de amor e doação, que se põe a caminho para servir a prima Isabel, que está a serviço e preocu- pada com os noivos nas Bodas de Caná. É a mãe terna que ampara e protege seus filhos e sempre nos aconselha para que sejamos fiéis a Jesus: “Fazei tudo o que Ele vos disser”. (Jo 2, 5) 

O carinho do povo por Maria faz com que ela seja louvada de diferen- tes maneiras, com diversos títulos. É o cumprimento da profecia que fez em seu cântico do Magnificat: “To- das as gerações me chamarão bem- aventurada.” (Lc 1, 48) O importante é que esse amor não se reduza a devocionismos ou meras celebra- ções festivas, mas se concretize na vivência do evangelho de seu Filho Divino. A verdadeira devoção a Maria se manifesta na imitação de suas virtudes, praticando os ensina- mentos de Jesus. A verdadeira devoção, também, reconhece que Maria é importante, mas é a segunda no plano da salvação. O primeiro lugar pertence a Jesus.

Ressalte-se, também, que Maria é uma mulher que viveu plenamente sua feminilidade. Muitas vezes os louvores que lhe tributamos pare- cem ofuscar esta verdade: ela é uma mulher simples, humilde, engajada na vida do povo. Mulher pobre, da periferia, que viveu a migração e a exclusão. Mãe zelosa, que cuidou de Jesus com afeto e dedicação, trocando suas fraldas, ajudando-o a dar os primeiros passos, cuidan- do de sua roupa e alimentação, ensinando as lições da vida, enfim, fazendo o mesmo que nossas mães fazem. Mulher forte aos pés da cruz e ao receber em seus braços o corpo exangue de seu Filho querido.
Ela nos convida a rezar e a lou- var: “Minha alma glorifica o Senhor e exulta meu espírito em Deus meu Salvador”. (Lc 1, 46-47) Mas tam- bém nos convida a empenhar na luta pela justiça, pela construção de um mundo novo, numa clara opção pelos pobres e marginaliza- dos, os seus filhos prediletos. Pois no seu cântico nos recorda de que lado Deus e ela estão: “Derruba do trono os poderosos e eleva os humildes; aos famintos enche de bens, e despede os ricos de mãos vazias.” (Lc 1, 52-53) 
Maria é muito importante na vida de Jesus e deve ser também em nossa vida. Ela é a cristã autêntica, comprometida com o Reino de Deus, sempre dócil e obediente à vontade do Senhor. Modelo de Igre- ja, modelo para todos os cristãos. 
Muitos já falaram das maravilhas espirituais de Maria. É preciso, também, que lembremos suas outras dimensões. O fundamental é proclamá-la mãe de Deus, da Igreja e de toda a humanidade. Proclamá- la como imaculada, pura, santa, mas também como pessoa forte, corajosa, que assumiu plenamente seu papel de mulher e de mãe.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Biblia

Uma Bíblia e um catecismo

Um católico sereno e feliz entende, sem nenhum conflito, a importância de conhecer a Bíblia e o Catecismo da Igreja. São dois manuais indispensáveis na casa e na cabeceira de um católico. Ali estão a palavra de Deus e a Palavra da Igreja para o nosso tempo.

No fundo, o catecismo é a Bíblia aplicada ao nosso tempo. Por isso, um católico não deveria nunca deixar passar a oportunidade de fazer um curso de Bíblia.

Como tudo na vida, é preciso saber usar para não usar errado. Se compro um forno micro-ondas e não sigo as instruções, posso assar errado e ao invés de melhorar minha alimentação, prejudicá-la. Quem deseja dirigir um carro tem que aprender, por isso vai à escola; seu computador será inútil se você não souber como funciona e como se manuseia seus programas.

Sua Bíblia não lhe dirá muita coisa, se você se limita a ler "trechinhos". Ela é um todo. Tudo lá tem a ver com tudo. Por isso, tanta gente tem fé agitada e confusa. Não lê com perspectiva.

Por isso há tantos visionários e fanáticos, usando trechos da Bíblia para justificar suas afirmações sem pé nem cabeça. Leram trechos. E o que leram, não entenderam. É muito mais correto saber o que a Bíblia quis dizer, do que saber de cor o que está escrito na Bíblia.

Quem não entende isso não entendeu o cristianismo. Faça um curso de Bíblia na Igreja Católica, se pretende ser católico. Se quer ser evangélico ou messiânico, faça com eles. Cada grupo ressaltará o que serve ao seu grupo.

Infelizmente, somos todos míopes ou caolhos. Lemos a Bíblia com nossas limitações. E quem diz que a lê sem nenhuma limitação está mentindo.

Por maior que seja o santo, sua visão continua pequena e sua Bíblia continuará apontando para muito mais longe do que ele e sua Igreja são capazes de ir.

Pe. Zezinho. SCJ